sexta-feira, 22 de julho de 2011

Casos na comunidade


Mulheres são a maioria trabalhadoras domésticas em uma determinada rua, de classe média do município de Iúna. A partir de dados colhidos nesta localidade, pode-se observar que nessa rua que, das 31 residências, entre casas e apartamentos, 16 possuem empregadas domésticas. Em relação a gênero, a atividade doméstica é uma característica das mulheres, e aqui não foi diferente. A maioria dessas trabalhadoras tem baixa escolaridade ou nenhuma, trabalha na informalidade, ou seja, sem carteira assinada e sem direitos trabalhistas, sabendo que esses direitos são legalmente reconhecidos, mas que na prática, não são considerados. Grande parte delas usa do seu salário como principal ou única fonte de renda para sustento de sua família. Em se tratando de saúde, elas possuem difícil acesso aos serviços prestados, pois moram em bairros diferentes do que trabalham. Muitas vezes, ficam sem informações sobre os serviços oferecidos nas Unidades de Saúde do bairro ao qual pertencem, pois as Unidades funcionam no mesmo período da jornada de trabalho e as informações sobre prevenção e promoção da saúde são levadas pelo Agente Comunitário de Saúde do bairro ao qual trabalha. Quando necessita de um atendimento na Unidade de Saúde, precisam faltar ao serviço e conseqüentemente, esse dia é cortado do seu salário. Entretanto, sabemos que saúde é um direito de todos e cabe aos patrões reconhecerem a necessidade e mudar a forma de pensar sobre o trabalho doméstico.

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