sábado, 10 de dezembro de 2011

Desigualdades raciais e realização socioeconômica: uma análise das mudanças recentes


A implementação retratada nas últimas décadas na sociedade, aponta os processos ocorridos nas políticas públicas, visando combater às desigualdades em relação à cor/raça e sexo. Abordando a superação das diferenças raciais no país, que ocorreu de forma objetiva, visando melhorias e a inserção de determinados grupos na sociedade, por meio de políticas públicas e vários protestos que procederam das reivindicações e dos movimentos sociais que cada dia ganha espaço na sociedade. Embora as políticas universais sejam relevantes no combate às desigualdades sociais no Brasil, têm demonstrado insuficientes para suplantar as diferenças sociais e econômicas entre os diferentes grupos raciais que são incansáveis pela luta por igualdade.
Estratificação social: É a distribuição dos indivíduos em camadas hierarquicamente superpostas dentro de uma sociedade, de acordo com as atividades e papéis que eles exercem na estrutura social.
Podemos dizer que estratificação social é o que motiva de uma mesma sociedade, onde existem desigualdades entre as pessoas, independente da classe social ou profissional. Dentro de uma sociedade existem diferenças raciais, sociais, políticas, de classe, sexo, entre outras. Podemos dizer que estas diferenças levam as pessoas terem comportamentos e objetivos diferentes.
As contestações existentes dentro de uma sociedade podem originar diferenças: uma delas é a pobreza condição econômica em que se encontra uma pessoa ou um país, relacionada à falta de trabalho e ao desequilíbrio econômico. Gerando falta de suporte financeiro de uma geração, Proporcionando, congelamento e ausência de investimentos, tanto individual ou coletivo, ocasionando desemprego e fome.
Podemos destacar o Igualitarismo, por ser um sistema que defende a igualdade para todos os indivíduos, que tenham condições iguais na sociedade. Sabemos que tudo está relacionado com a condição econômica que ao longo da história esta implícita à falta de emprego, acrescida às condições impostas de desequilíbrio na oferta de trabalho e na má aplicação dos produtos e serviços disponíveis.
Desigualdades raciais: de acordo com Hasenbalg, as desigualdades raciais estão relacionadas à estratificação social como fator primordial de desigualdade entre brancos, negros e pardos.
As distinções e desigualdades raciais são decisivos, facilmente visíveis e de graves conseqüências para a população afro-brasileira e para o país como um todo. O Brasil foi o último país do mundo a abolir o trabalho escravo de pessoas de origem africana, em 1888 cerca de quatro milhões de africanos escravos (Heringer et al., 1989; IBGE, 1987). Viviam de maneira geral, marginalizados em relação ao sistema econômico vigente. Por volta dos anos 80 e 90 foram claras as desigualdades raciais em todas as áreas como: educação, mercado de trabalho, entre outras.  Onde negros viviam a margem da sociedade.
Entretanto pude perceber, que a busca por conhecimento e comprovações de realidade apontada pelos autores, fizeram parte desta história trazendo excelentes referencias que nos dias atuais servem como base para novas pesquisas e movimentos, que são levados ao conhecimento do congresso onde são transformados em leis, que modificam estatutos e que fazem parte da vida dos brasileiros tendo uma excêntrica importância, na luta contra as desigualdades raciais.
Vejo que o ser humano sempre está em busca de algo, seja para o bem individual ou coletivo e que sempre haverá a falta de conformidade com a igualdade seja racial ou social, independente do objetivo o homem sempre visa a satisfação interior.
Desigualdades raciais: o quadro atual na educação
As disparidades entre negros e brancos têm diminuído na educação, é o que aponta o quarto Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O racismo mencionado na sociedade, que se explica em desigualdades e preconceitos a determinados grupos sociais, reflete baixos índices educacionais na população brasileira.
Conforme vimos em estudos sobre Desigualdades raciais os negros e índios têm menor escolaridade, fator este que se agrava devido sua classe social, que os impedem de alcançar melhores condições no trabalho. Por estas razões tem sido criados mecanismos de inserção para determinados grupos no mercado de trabalho e nas universidades.
As desigualdades raciais no âmbito educacional são coordenadas com mecanismos que na verdade suprime a necessidade de relação por igualdade como, por exemplo, inserção de alunos em uma universidade a partir de um mecanismo baseado em classe social ou cor de pele, onde concede a estes indivíduos condição superior aos demais. Vejo que este quesito gera maior discriminação, pois leva um determinado grupo a ser induzido a buscar cada vez mais oportunismo através da cor de sua pele ou raça.
Desigualdades raciais: o mercado de trabalho
Mesmo num panorama de crescimento econômico do país, a desigualdade racial no mercado de trabalho se manteve praticamente intacta nos últimos cinco anos. O indicador de desemprego reforça esta diferença, apesar do crescimento geral do número de trabalhadores empregados, vimos que os negros ainda estão em maioria fora do mercado de trabalho em proporção absoluta.
Em uma rápida abordagem, como vimos nos textos anteriores as desigualdades raciais teve como marco importante a busca por igualdade de gênero, raça/etnia, classe social que ainda se eterniza em nosso meio. Podemos dizer que esta busca a cada dia apresenta-se com foco diferenciado, mas mantém com o mesmo preconceito, trazendo desesperança e falta de oportunidades a muitos que vivem esta dura realidade no Brasil e no mundo.
Temos que repensar e lapidar as bases de tudo, pois assim teremos um futuro com indivíduos que poderão transformar uma humanidade. Contudo, sinto que o investimento se dá por necessário na educação, pois é a base para uma transformação em massa.
Articulando cor, sexo e classe: as condições socioeconômicas das mulheres negras – educação
Após anos de lutas e reivindicações, as mulheres negras impetraram por intermédio das políticas públicas um perfil no papel da sociedade, tendo como referência o empobrecimento das taxas de fecundidade e a expansão educacional.
A ensino é um fator primordial no progresso e otimização das desigualdades já estabelecidas. Entretanto a formação acadêmica a partir de uma qualificação profissional aponta uma participação feminina em maior numero no mercado de trabalho, resultando em mudanças e levando a mulher ao alcance de sua auto-estima e posição de igualdade a dos homens.
De todas as desigualdades a mais intrínseca e sabermos que os avanços no mercado de trabalho não colocam a mulher negra em desvantagens das demais, não permite a igualdade e transforma a mulher negra em objetos e símbolos prazer que as reduzem no âmbito social como classes inferiores. Também existem muitas diferenças educacionais entre mulheres negras e brancas, considerando que as taxas de analfabetismo de homens e mulheres negros/as, ainda são maiores em relação ao grupo branco é o que aponta a pesquisa do IBGE.
Articulando cor e sexo e classe: as condições socioeconômicas das mulheres negras – mercado de trabalho
Não podemos deixar de destacar as primícias das desigualdades sociais profundamente presentes na sociedade, como vimos as diferenças salariais para as mulheres negras neste país. Entretanto estão elencadas no mercado de trabalho que aponta muitas insatisfações das mulheres em geral e principalmente as negras.
Podemos observar que as mulheres negras ocupam lugares de trabalho em maior número, em serviços domésticos e braçais, um fator importante que aponta a falta de oportunidade a nível educacional desta etnia. Vimos que os avanços ainda não são significativos, pois as mulheres negras ainda estão em desvantagens em relação às mulheres brancas. Considerando a melhoria educacional, existe uma crescente inserção das mulheres negras no mercado de trabalho, mas ainda não atingiu cargos com melhores rendimentos.

Texto: Dilma Amorim de Freitas Goulart
Aluna: GPP-GeR – Polo Iúna

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